sábado, 12 de abril de 2008

é o brasil de todos...

Meu pai sempre dizia que a melhor herança que ele poderia me dar era uma boa educação.

Vendo esse vídeo, só tenho mesmo a agradecer, por ter estudado em um bom colégio, onde nenhum professor nunca tentou manipular a história, era laico e ensinava os alunos a pensarem

Onde quer que você esteja pai, mais uma vez, obrigado!

Vejam esse vídeo do professor de história Carlão, do Anglo de Tatuí:



Abaixo a transcrição dos absurdos dito aos alunos no vídeo:

... porque a principal forma de riqueza estadunidense está em cima de uma indústria; a indústria alimentícia, a indústria de automóveis, a indústria de refrigerantes, a indústria de roupas está toda atrelada à indústria bélica. Isso todo mundo sabe. [mostra um cogumelo atômico na projeção do telão]. Aqui nós temos 1945, ou “até daqui a pouco” e aqui nós temos duas bombas jogadas, uma em Hiroshima e uma em Nagasaki. Porque eles matam! Essa é a idéia da riqueza estadunidense. E eles matam, eles continuam matando. Porque é a principal indústria, porra! “Num” tem muito que se pensar. O que gera a riqueza estadunidense é a indústria bélica. [“passa”, diz para quem cuida do projetor].

Mas não só no Oriente, porque a idéia de indústria bélica começou no século XIX, dentro da América Latina. Depois eles partiram pra África; depois eles partiram pra a Ásia, e agora estão no Oriente Médio, não é? Quer dizer, e tudo isso daqui que nós ‘tamos colocando é justamente o fruto dessa cobiça dos Estados Unidos. E você não pode esquecer que tudo isso é mercado consumidor que acaba sendo gerado pras principais indústrias que apóiam essa mesma indústria bélica, porra! [“passa”, diz para quem cuida do projetor].

E o pior é que... Dá uma olhada nisso! [mostra a tela com imagem de feridos em guerra] O pior é que eles mentem, porra! Eles conseguem controlar a mídia de uma tal forma, que nós acreditamos que tudo que o Jornal Nacional fala é verdade, que o Jornal da Record fala é verdade, que não existe um nazismo presente filtrando a porra das informações. Você não consegue enxergar neles nada de errado, porque eles conseguem criar uma verdade pela mídia. Então mentem, sim. E mentem mais. E são várias pessoas que mentem. Você não vai encontrar nada, nunca isso aqui na mídia. [mostra imagem de um telejornal]. Você vai encontrar aqui, uma coisa soft, uma coisa light, a felicidade, não é? [mostra imagem de um homem muçulmano segurando o filho morto] Não um pai segurando o filho. [-passa!].

E o pior é que não se dão por satisfeitos. Eles precisam humilhar, não só mentir. Não é? [mostra telão] E aqui, olha, puta que o pariu!, gosto tanto dessa cena, em Cabul, eu acho tão bonita! Aqui nós temos um monte de iraquianos, um estadunidense aqui, “uma” estadunidense, deve tá com uns quinze mão na chana dela, ela tá sorrindo de alegria, não é?, que coisa absurda!, não é, e finalmente, claro, nós temos o grande senhor dessa neocruzada, hoje testado pelos Estados Unidos, que é uma neocruzada, não é? Afinal de contas, antes de ser uma busca pelo território, que seria a contramão de qualquer tendência, hoje, mundial, é uma guerra contra o islamismo.

E o fim tem um negócio inteligente, sabe por qué? Que um tribunal no Iraque, ‘cê tem hoje um tribunal no Iraque, e condená-lo então, meu! Se a ONU não permitiu a invasão no Iraque e eles invadiram, como é que a gente vai ter um tribunal hoje no Iraque, pra julgar os condenados do quê? Afinal de contas, que crime que eles cometeram? Se você conseguir me responder o crime que eles cometeram, palavra de honra, aí dá até pra descartar isso aqui, mas não tem jeito, olha isso aqui [telão] um caminhão-bomba atingiu o quartel general da polícia italiana.[incompreensível]

Mas eles exterminam o futuro também! Não pensem vocês que eles só brincam com o presente: eles trabalham o passado, fodem com o presente pra aniquilar lá no futuro.
[telão] Isso aqui é uma criança, isso aqui é uma criança, eu me surpreendo, às vezes, quando eu começo a pensar, como é que a gente pode continuar acreditando que um mundo melhor possa ser construído com a presença deles? Incomoda. Eu acho que é o mesmo que, talvez, os gregos pensassem dos romanos. Essa criança ainda tá feliz, aquela também. [Passa].

Mas não só, é no mundo inteiro, por isso que, eu não sei se vocês perceberam, todos os Estados Unidos são obesos. É claro que salvo nos filmes que nós assistimos. Essas pessoas não fazem parte de um Spa, patrocinados pelos Estados Unidos. No mundo inteiro. E não tem jeito! Se nós não entendermos de alguma forma, veja, a única forma de nós tentarmos impedir um país imperialista é evitar consumir produtos desse país, eu não consigo enxergar outra forma. Eu sei que eles fazem isso, porque eles vão impedir na base, porque a indústria do lucro é a indústria da guerra.

Eles vão financiar sempre, sempre. [mostra imagens do Bush, de armas e de pessoas e crianças armadas]. Esse revólver eu achei de uma coisa tão horrível! Aonde eles entram, entram apertado. Onde eles dominam, é um mercado... E as indústrias estadunidenses patrocinam a guerra, ‘cês precisam pensar nisso. Não precisa falar muito, quanto maior a miséria maior a riqueza. Como é que uma pessoa pode ter a consciência de viver bem sabendo que existe isso? Eu não consigo, eu não consigo imaginar. Eles conseguem! volto a colocar: não são todos, hein, só 50% mais um. São seres humanos! Eu não coloquei o Brasil aqui pra não chocá-los.

Não vai acabar! É essa minha preocupação: não vai acabar. Eu particularmente acho que não, eu não vou tá vivo pra ver, não. A gente precisa dar uma basta, mas devagar, resistir, tentar se conter a tomar uma coca-cola. Eu sei que é difícil, é preciso pagar e deixar o Hollywood, o cigarro. Devagarzinho. Isso vai acabar. Isso vai acabar assim: [imagens do planeta e de um cogumelo atômico] isso é o nosso planeta, ou vai acabar dessa forma, ou as duas coisas juntas, eu acho que é o mais provável, ou não! Ou talvez a gente consiga, de uma forma ou de outra, resistir. Eu não sei como, eu não tenho uma fórmula pra isso. Eu acho que nós poderíamos encontrar alguma alternativa. Por isso que eu to fazendo uma homenagem a esse povo com as torres gêmeas. Eu to muito sensível a isso, tem pessoas inocentes que morreram nas torres gêmeas. Por isso que, sem macaquice, eu vou lá chamar o Luis pra falar sobre isso. [sai da sala]


Não satisfeito, ele volta e faz uma encenação sobre os atentados de 11 de setembro zombando da desgraça ocorrida.



Depois não sabem porque brasileiro não sabe votar, interpretar um texto, honrar o país la fora ou entender outras culturas (que diga o e-mail comentado pela Libanesa).

4 comentários:

Gui disse...

Ignorância é o mal desse povo.

Alexandre Lucas disse...

Os colégios particulares pagam mal e atraem em sua maioria esses tipos bizarros. Se o adolescente souber ler as apostilas e interpretar, verá que o professor está equivocado. A internet também pode ajudar quando bem utilizada.
Certíssimo agradecer aos seu pai. Eu faço o mesmo aos meus.

Too-Tsie disse...

Fiquei pasmo.

Eu sabia que tava indo pro buraco, mas eu não sabia que já estava no buraco.
Vou mais além, eu agradeço os meus pais por poderem proporcionar uma educação de nível pra mim, e agradeço aos professores que tive, não esse traste que figura no vídeo.

Alberto Pereira Jr. disse...

gente q absurdo!