domingo, 12 de julho de 2009

banheiros antidrogas

A VejaSP desta semana trata da questão dos banheiros antidrogas, onde as casas noturnas tentam, cada qual da sua maneira, a coibir o uso pelos seus frequentadores.

Ao meu ver, as atitudes são todas inócuas e pegam, no máximo, um usuário de drogas inexperientes. Além disso, a responsabilidade jurídica vai para o espaço ao se invadir a privacidade de um cliente.

Isso porque a casa tem de coibir o comércio e o porte. Quanto ao uso de entorpecentes, nem a lei proíbe, que fique bem claro.

Segue a reportagem completa:
Banheiros antidrogas
O que as casas noturnas fazem para coibir o consumo de entorpecentes nos toaletes

Por João Batista Jr. - 15.07.2009

The Week: "olho mágico" nas portas permite que seguranças espiem dentro dos reservados

Para dificultar possíveis farras ilícitas dos baladeiros, algumas casas noturnas da cidade decidiram adotar em seus toaletes técnicas à la Big Brother. O objetivo é ampliar a vigilância e dificultar o uso de drogas, sobretudo as aspiradas, caso da cocaína e da ketamina. Na The Week, na Lapa, um buraco de 7,5 centímetros de diâmetro na parte superior da porta do banheiro principal permite que os seguranças vejam dentro dos reservados, que atendem homens e mulheres. Em um mês, os outros três banheiros da casa também vão contar com essa espécie de olho mágico antidrogas. "É um meio de controlar qualquer abuso, e até de socorrer quem bebeu demais", avalia o sócio André Almada. Ele garante que a equipe da boate só espia aqueles com comportamento suspeito. "Optamos ainda por portas suspensas, que permitem essa primeira averiguação." Vãos de 20 centímetros de altura na parte inferior das cabines também estão entre os recursos utilizados pelo Museum, no Brooklin. "Além disso, há pequenas frestas entre as portas", acrescenta Tarik Taha, um dos proprietários.

O advogado Sergio Tannuri, especialista em defesa do consumidor, afirma que essa prática configura invasão de privacidade. Segundo ele, as baladas poderão sofrer processos por danos morais de clientes que se sentirem constrangidos. "Quem vai garantir que não vão observar nem registrar a intimidade das pessoas?", diz. É exatamente esse o receio da estudante Natália Azevedo, de 24 anos. "Já pensou se alguém tira uma foto minha ou faz um filminho com a câmera do celular e coloca na internet?", questiona ela, frequentadora da casa.
Sonique: decoração branca para confundir usuários
Sonique: decoração branca para confundir usuários

O Sonique, na Consolação, construiu um banheiro 100% branco. "Fugimos de criar um clima underground para não estimular o consumo de drogas", conta o sócio Beto Lago. Segundo a psicóloga Silvia Brasiliano, coordenadora do Programa de Atenção à Mulher Dependente Química, da Universidade de São Paulo, tais medidas dificultam o consumo. "Por terem a mesma cor, a cocaína e a tampa da privada podem se confundir", diz ela. Para Elisaldo Carlini, diretor do Centro Brasileiro de Informações sobre Drogas Psicotrópicas, da Unifesp, a espionagem não resolve a questão, pois substâncias sintéticas como ecstasy e LSD podem ser ingeridas em praticamente qualquer ambiente. "Mas qualquer medida para inibir o uso é bem-vinda."

7 comentários:

Anônimo disse...

Por outro lado, tem aquelas casas que praticamente estimulam o consumo com aquele conveniente aparador ou prateleira no canto ou atrás do vaso sanitário deixando o cliente bem mais a vontade como a finada Ultralounge em São Paulo e a Fosfobox no Rio.

Marcos Freitas disse...

Acho pessimo para a imagem da casa. O sonique utilizou uma boa tatica, mas a The Week exagerou. É falta de privacidade.

ludo disse...

Ai gente, esse aparador é para se apoiar o copo enquanto se vai ao banheiro (o inocente).

Alexandre Lucas disse...

Gargalhada alta!

S.A.M disse...

Pois é, não existe legislação para a fiscalização de usuarios além desta medida acabar com a privacidade.

Evito usar wc para a opção 2 na TW.


Puro constrangimento de tão alta que é a porta.

Celso Dossi disse...

Zente, número dois jamais? hauahuhauhauah

Anônimo disse...

quando a bala bate, dá uma diarreia