Quando ganhou o seu primeiro mandato, o Lula foi adorado por todos os grandes líderes internacionais, encantando-os com a sua simplicidade e autenticidade (e nos envergonhando).
Mesmo tendo visitado e apoiado as mais sangrentas ditaduras e países insignificantes na balança comercial brasileira, quiça mundial, os grandes líderes ainda o apoiavam.
Mas a casa começou a cair.
O Caso Battisti está só começando a dar o que falar. Estive dia desses com um vice-cônsul de uma cidade do interior de São Paulo, grande amigo da família, e por mais que todos brincavam e tiravam sarro do assunto (inclusive ele), quando o papo ficou sério, ele falou que estava com medo do que poderia ocorrer, porque o governo italiano está muito irritado com essa história e irá pressionar o Brasil de todas as maneiras.
Ele já estava deixando tudo sob controle para o caso de ter de se retirar, tendo um procurador para vender suas coisas no país, caso a coisa fique feia e ele tenha de voltar para a Itália.
Isso foi há algumas semanas, logo após a decisão do Tarso Genro. Bem, hoje a Itália chamou o seu Embaixador para consulta, o que em diplomacia é uma atitude importantíssima, pois, demonstra protesto, indignação com a nação amiga. É o último passo antes do rompimento das relações diplomáticas.
A situação não deve chegar a esse estremo, até porque a Itália integra a União Européia e uma atitude dessas influenciaria todo o bloco, mas sabendo como são os italianos, nada é impossível.
Por ora, a ameaça atingiu apenas o futebol (haverá um amistoso dia desses que a Itália ameaçou cancelar) e a fama do país em defender um terrorista. Isso já abriu brecha para sugerirem ao Brasil o recebimento de alguns presos de Guantánamo, como forma de se redimir.
A Itália vai também aproveitar a sua presidência atual no G-8 para tentar barrar a entrada do Brasil no grupo, que pretendia abrir vagas para as potências emergentes.
Mas o melhor mesmo, e o motivo de eu estar adorando esse vuco-vuco, foi a frase do vice-ministro de Relações Exteriores da Itália, Alfredo Mantica:
Lula coloca em discussão a democracia e o sistema jurídico italiano. Francamente, não podemos aceitar receber uma lição do Brasil ou de Lula.
O Lula e seus mensaleiros deveriam a aprender a agir como se deve com nações respeitadas, como é a Itália, e usar a mão forte com relação a essa caipirada da Venezuela, Equador e Bolívia, cujos governos são ditatoriais ao contrário da Itália.
4 comentários:
Engraçado como, quando o Brasil chamou de volta seu embaixador no Equador, foi "seríssimo". E agora que a Itália chama o dela por aqui, o Itamaraty reage dizendo que isto é "normal". A-hã.
Ainda continuo achando que um problema mais serio daria uma animada no noticiario. Desde o fim da Favorita que só se fala da crise... saco...
Ando bastante cansado desses 8 anos de Lulla...
bem complicada essa história mesmo...
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