Está rolando muita discussão sobre a questão da queda dos juros acabar com a rentabilidade dos fundos de investimentos, o que poderia ocasionar uma migração em massa para a poupança, gerando grandes problemas à União Federal, pois, passaria a ter dificuldades em rolar a dívida.
Mas a culpa não é da queda das taxas de juros. Okay, em certo ponto sim, mas o problema maior está na taxa de administração cobrada pelos grandes bancos para os fundos de renda fixa.
Um fundo DI, onde o gestor praticamente não tem qualquer trabalho, e conseqüentemente, pouco custo, deveria cobrar uma taxa máxima de 1% ao ano.
Entretanto, os fundos DI de varejo, cuja aplicação inicial mínima é de 500 reais cobram em média 4%. Com o CDI em torno de 10%, esse fundo vai ter uma rentabilidade de 6%, o que já é inferior a poupança. Ao se abater os impostos, a rentabilidade líquida não vai chegar em 5%.
Mesmo os fundos com aplicação entre 50 e 100 mil, quando se trata de bancões, a taxa fica entre 1% e 2%, deixando a rentabilidade bem próxima a da poupança, caso o resgate ocorra no curto prazo. O imposto de renda, para resgates em até 6 meses é de 22,5% sobre a rentabilidade, enquanto que se o investimento ficar por 2 anos, ele cai para 15%.
Para se atingir taxas vantajosas, inferiores a 1%, os grandes bancos exigem um investimento de 200 mil (Unibanco para 0,5%) (Bradesco para 0,7%) ou até mesmo 400 mil (Safra para 0,5%).
Alguns dos bancões sequer chegam a essas taxas.
A saída é aplicar diretamente com bancos de investimentos. Como eles precisam correr para captar, afinal, não tem as enormes redes de agências que o varejo dispõe, as taxas são super vantajosas e os tickets em alguns casos baixos.
Ai você me pergunta, e o risco? Realmente o risco de se aplicar em um banco menor, com métodos pouco ortodoxos, como era o caso do Banco Santos, realmente é complicado.
Mas existem grandes instituições nessa área. Muitos deles, como o Pactual ou Opportunity há a exigência de investimento global elevado, apesar das aplicações mínimas serem razoáveis.
Quem vem se destacando nisso é o Credit Suisse. Ele continua fechado, sisudo, com cara de poucos amigos para quem não se enquadra no private, mas ele não te barra. Então com 5 mil dá para aplicar em um DI com taxa de administração variando entre 0,30-0,50%. Com isso, o fundo alcança a excelente média de 97% do CDI, tendo inclusive ultrapassado o índice em alguns meses. Isso, ressaltando, sem risco algum de se perder dinheiro.
O mesmo vale para Multimercados sofisticados como o Portfólio Plus ou o High Yield. Em ambos os tickets mínimos são de 5 mil e as taxas variando entre 1,0-1,5%, mas com AGE já marcada para reduzir para 0,75%.
O post não é pago não tá, mas achei ser uma informação importante a ser compartilhada, afinal, mesmo com a crise na bolsa, esses dois fundos multimercados passaram ilesos. O Portfólio Plus manteve a rentabilidade e 99% do CDI e o High Yield ficou em 88%. Mas isso porque ele aplica em renda variável e com a queda das bolsas, ele sofreu, porém, NÃO TEVE RENTABILIDADE NEGATIVA EM MÊS ALGUM. Eu não vi nenhum multimercado de varejo passar pelo menos um mês sem rentabilidade negativa de setembro de 2008 pra cá.
Ah, agora que a turbulência passou, em 2009, eles estão rendendo 104% e 107% do CDI, respectivamente.
Para quem tem dinheiro disponível para investir, vale fugir do varejo e pensar com carinho no Credit Suisse.
Agora, se pode deixar o dinheiro parado por um tempo, darei algumas dicas na próxima semana sobre CDBs e Debentures com boa rentabilidade, segurança e até mesmo uma certa liquidez.
Um comentário:
Credit suisse é sempre o banco que aparece nos filmes do James Bond, né?
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